SAI DAS DIVIDAS

09/06/2020

COMO FAZER A SUA RESERVA DE EMERGÊNCIA? E 3 OPÇÕES DE INVESTIMENTO PARA ...

COMO FAZER A SUA RESERVA DE EMERGÊNCIA? E 3 OPÇÕES DE INVESTIMENTO PARA ESSA FINALIDADE.




        Se ocorrer algum imprevisto um acidente ou a perda da sua renda, você tem reserva para se sustentar por um período? tem recursos para cobrir alguma emergência? Muitas pessoas vêm me questionando se é um bom momento para aplicar em bolsa, comprar algumas ações

    Eu sempre respondo a mesma coisa, “Depende “vamos ao básico você tem uma reserva com liquidez para emergência. Estar preparado para uma emergência é algo muito importante na vida de um investidor.

    Se você ainda não possui essa reserva sabia que de acordo com a pesquisa realizada pela ANBIMA mais da metade dos brasileiros não possui essa reserva constituída então você não está sozinho nesta caminhada.

 

    A reserva de emergência ou de liquidez é um valor que você deixa guardado e que só pode ser usado em casos de perda de renda, problemas de saúde e outros contratempos. O valor depende do seu custo de vida:

    Essa quantia serve para te trazer uma maior tranquilidade. Se acontecer alguma emergência, você está tranquilo porque tem um dinheiro guardado.

    Para aplicar a sua reserva de emergência, você deve procurar investimentos com liquidez diária, ou seja, possibilidade de resgate a qualquer momento. Dessa forma, você não terá nenhuma dor de cabeça na hora de resgatar em caso de necessidade

 

    É importante destacar que ter um fundo de emergência é essencial para todas as pessoas, porque não podemos prever o futuro.

 

    Na época da crise político-econômica de 2015, por exemplo, a população sofreu com o aumento do desemprego, a diminuição da renda familiar e o aumento dos juros.

 

    Em 2020, o cenário futuro é de absoluta incerteza e apreensão em razão do novo corona vírus, que derruba bolsas no mundo todo e impacta o consumo de maneira sem precedentes.

 

    Em situações assim, quem tem reservas financeiras conseguiu superar a fase negativa com mais tranquilidade em comparação com aqueles que não costumam poupar.

 

    Sem contar que a poupança, que é a velha conhecida dos brasileiros, passa longe de um bom investimento. Inclusive, teve retorno real negativo em 2015, 2016 e 2019.

 

Por Que Você PRECISA de Uma Reserva de Emergência?

    Na maioria das vezes, a cultura brasileira é imediatista para o consumo e não tem muita preocupação em construir uma reserva de emergência.

 

    Conforme a gente citou lá no início do texto, a Anbima descobriu que 52% não têm uma quantia separada para os imprevistos.

 

    A verdade é que muitos preferem priorizar o agora e comprar o que desejam, sem se preocupar com o futuro.

 

    Não por acaso, o Brasil está entre os países com maior índice de imediatismo, calculado pelo Insper.

 

    A pesquisa ainda revelou que, de 143 nações, estamos à frente de apenas 11 delas. Ou seja, estamos muito perto da lanterna do ranking em termos de guardar dinheiro para o futuro.

 

    Essa tendência de não estar preparado para as eventualidades é maior entre os mais jovens e as mulheres. (de acordo com a pesquisa)

 

    Então, para não fazer parte dessa estatística, você precisa entender os motivos de ter uma reserva de emergência. O primeiro deles é evitar dívidas e empréstimos.

 

    Imagine a seguinte situação: As despesas mensais da sua família são de R$ 3.000,00. Tudo está indo bem, até que você perde o emprego. Por conta disso, os rendimentos passarão para R$ 1.000,00.

 

    Digamos que o seu carro e o seu imóvel são financiados. Eles devem ser pagos para evitar perdas e altos juros. Com apenas R$ 1 mil, o orçamento doméstico ficará comprometido, já que há também os custos essenciais a honrar, como as contas de água e luz, por exemplo.

 

    Como você não tem uma reserva de emergência, para continuar a sustentar as despesas, a saída encontrada foi diminuir gastos e recorrer a um empréstimo bancário até conseguir um novo emprego. - o que pode levar meses.

 

    Agora, você acaba de contrair um outro problema, que é o custo dessa "ajuda financeira". Todo empréstimo tem juros, principalmente quando se trata de bancos.

 

    Mesmo que você consiga continuar o custeio das despesas da sua família, no futuro, terá a dívida bancária - ou seja, é o efeito bola de neve.

 

    Com o fundo de emergência, a solução poderia ser muito melhor. Nesse caso, haveria dinheiro suficiente para pagar as despesas sem preocupações.

 

Em uma situação que envolve problemas de saúde, ter uma reserva é ainda mais importante.

 

    Mesmo com pouco dinheiro, é possível agir mais rápido ao invés de contrair empréstimos, ir em busca de crédito e afins.

 

    Se você é um empreendedor ou não tem um emprego formal, o fundo de emergência é crucial para manter o equilíbrio da sua vida financeira.

 

    Não espere o problema acontecer para agir! Esteja preparado e mantenha as suas finanças sob controle.

      Como já falamos a poupança no cenário atual, já não é tão atrativa quanto antigamente então segue abaixo , 3 investimentos adequados para manter a sua reserva de emergência.

 

1.Tesouro SELIC

O Tesouro Direto oferece os investimentos mais seguros do Brasil. Isso acontece porque são os títulos do Tesouro Nacional, ou seja, eles contam com a garantia do governo federal (Risco Soberano) . Mas, apesar da segurança em todos os títulos, o mais indicado para a sua reserva de emergência é o Tesouro SELIC.

 

No Tesouro SELIC, a sua reserva de emergência renderá a variação da SELIC no período. É um título pós-fixado que é mais seguro do que a poupança e ainda rende mais.

 

O Tesouro SELIC é o único título do Tesouro Direto que não cai na “pegadinha” da liquidez diária. Se você, investidor, quiser resgatar o seu dinheiro antes do prazo final, não tem nenhum problema. Em um dia útil, a quantia estará na sua conta.

 

No Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA, você corre o risco de perder dinheiro, já que os títulos são vendidos pelos preços do mercado no dia da venda – e não pelo preço que ficou acordado no início. 

 

2. CDB com liquidez diária

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um queridinho dos brasileiros por ser um investimento muito versátil. Para a sua reserva de emergência, foque nos CDBs que ofereçam liquidez diária. Dessa forma, você pode resgatar o dinheiro quando precisar – mesmo se for antes do prazo definido.

São títulos emitidos por bancos e podem ser encontrados diretamente nos bancos ou nas corretoras. Normalmente, os CDBs com liquidez diária são pós-fixados e é possível encontrar rentabilidades que ultrapassam 100% do CDI.

E o melhor? Os CDBs são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por grupo financeiro e R$ 1 milhão por CPF. Se algo acontecer com a instituição financeira, você recebe o dinheiro (investimento + rendimentos) de volta.

 

3. Fundos de renda fixa

Os fundos de investimento com liquidez diária são boas opções para quem busca aplicar a reserva de emergência. Como o investimento precisa ser seguro, opte por fundos DI ou fundos de renda fixa. Mas fique atento a dois pontos:

 

Fuja de taxas abusivas! Em fundos mais “simples” como DI e renda fixa, não aceite pagar taxas de administração muito altas. Acima de 0,5% para um fundo DI já é considerado alto!

A liquidez é diária mesmo? Confira quantos dias são necessários para resgatar o dinheiro. Alguns fundos oferecem liquidez “diária”, mas são necessários alguns dias úteis para fazer o resgate. No caso de uma emergência, isso pode ser um grande problema. Opte pelos fundos de liquidez imediata.

 

Qual o Tamanho Ideal do Fundo de Emergência?

 

Uma das dúvidas mais frequentes entre as pessoas que querem fazer um fundo de emergência é sobre o seu tamanho ideal.

 

É recomendado  conter entre 6 a 12 meses das suas despesas mensais. Neste ponto, é importante fazer o seu planejamento financeiro.

 

Com ele, você terá uma visão mais ampla e detalhada dos seus custos em todos os meses. Assim, você pode fazer uma média e iniciar a formação do seu fundo de emergência.

 

Tenha em mente que, quanto maior o valor total, melhor será a sua preparação para uma eventualidade. Ou seja, você poderá agir sobre problemas que custam mais, por exemplo, uma cirurgia ou ficar desempregado por muito tempo.

 

Quanto deve ser minha reserva de emergência?

O valor da reserva de emergência depende muito do padrão de vida de casa pessoa.

 

Como lembramos antes, em média, o montante deve ser o equivalente a pelo menos seis meses do total das suas despesas básicas.

 

Por exemplo, se você tem despesas mensais (aluguel, condomínio, conta de celular, supermercado etc.) de R$ 5 mil, o ideal é que você tenha guardado R$ 30 mil para emergências.

 

A profissão que você exerce também faz diferença nesse caso. Para quem é funcionário público ou tem uma estabilidade maior no emprego, uma reserva de três a quatro meses da sua despesa mensal pode ser suficiente.

 

Para quem é profissional autônomo e não tem benefícios empregatícios como FGTS, férias e aviso prévio, por exemplo, a recomendação é de que essa reserva seja ainda maior, em torno de 9 a 12 meses.

 

Como calcular o fundo de emergência?

Na hora de estimar a reserva de emergência, quantos meses juntar dinheiro e qual o valor, o primeiro passo é entender quanto gasta mensalmente.

 

E como chegar a esse valor?

 

Há despesas mensais fixas, que você paga a cada 30 dias e que, muitas vezes, seguem o mesmo valor durante o ano.

 

Alguns exemplos: aluguel, condomínio, TV a cabo/internet, plano de saúde, seguro de vida.

 

Outras são despesas variáveis, como supermercado, cartão de crédito e combustível, mas podem entrar no cálculo se você estimar uma média anual.

 

Supondo que seu gasto com combustível seja de R$ 3,6 mil ao ano, obtendo uma média, você terá um gasto mensal de R$ 300. Esse valor deve ser incluído na sua despesa mensal.

 

Outras despesas anuais, como IPTU e IPVA, podem ser divididas em 12 meses, para você ter uma média do gasto e incluir nos valores gastos mensalmente.

 

Como exemplo:

 

Aluguel: R$ 2 mil

Condomínio: R$ 500

TV a cabo: R$ 300

Plano de Saúde: R$ 500

Supermercado: R$ 1 mil

Combustível: R$ 300

Cartão de crédito: R$ 400

Total: R$ 5.000

Dessa forma, sua reserva de emergência deveria ser de R$ 30 mil.

 

Ficou claro para você? Faça as contas considerando a sua realidade financeira.

 

Dicas Para Criar o Seu Fundo de Emergência

O fundo de emergência deve ser a prioridade de todo investidor. Antes de partir para formar o seu patrimônio e ficar rico, você precisa se preparar para os imprevistos.

 

Pesquisas realizada pela ANBIMA indica que 71 % do Brasileiros que conseguiram fazer aplicações no ano, foi cortando gastos. Redução das saídas para balada, redução do hábito do cigarro, evitaram compras desnecessários.

 

Quando for realizar o seu planejamento financeiro para entender o tamanho de suas despesas mensais para calcular o valor que precisar para reservar de emergência , já identifique o que poderá ser cortado e o que você ira economizar , começa a aplicar na sua reserva de emergência.

 

E Depois de Montar o Fundo de Emergência, qual o Próximo Passo?

Agora que você já tem um fundo de emergência, já pode pensar onde investir suas economias.

 

Para saber quais são as melhores opções, é fundamental conhecer o seu perfil de investidor.

 

Ele mostra as alternativas de investimento segundo a sua tolerância aos riscos. Por exemplo, se você é conservador, a renda fixa é o mais recomendado.

 

Depois de conhecê-lo, avalie aspectos como:

 

Prazo de aplicação

Taxa de rentabilidade

Modalidade de investimento (renda fixa ou variável)

Riscos envolvidos.

Faça também o levantamento dos seus objetivos como investidor, por exemplo, aposentadoria, comprar um carro ou conquistar o primeiro milhão.

 

Eles são importantes para ajudar a definir os motivos pelos quais investe e ajudam a manter você focado a ir em busca de resultados melhores.

 

O ideal é separá-los por prazo de realização, em curto, médio e longo.

 

Assim, você poderá escolher com mais assertividade onde aplicar os seus recursos.

 

Uma das melhores estratégias de investimento é a diversificação.

 

Hoje, é possível montar um carteira mesmo com um montante modesto. Para você ter ideia, os títulos do Tesouro Direto custam a partir de R$ 30,00.

 

Ao diversificar, você pode obter rendimentos mais atrativos, independente das condições do mercado.

 

Um dos fundamentos sobre investir é evitar colocar todo o seu patrimônio em um ativo só.

 

Além de estar mais propenso aos riscos, você perde boas oportunidades de ganhos no mercado.

 

 

Conclusão

 

O fundo de emergência é indicado para todas as pessoas e perfis.

 

Afinal, não temos a capacidade de prever o futuro. Então, é preciso estar preparado.

 

A população brasileira não tem o hábito de guardar dinheiro para os imprevistos. Isso explica as altas taxas de endividamento e a dificuldade de muitos em formar patrimônio.

 

Quando você deixa para agir apenas diante do problema, provavelmente, terá que recorrer a empréstimos ou contrair dívidas.

 

Ao ter um fundo de emergência, a solução é totalmente diferente. Além disso, você pode resolver de forma muito mais rápida, de acordo com a situação.

 

Há investimentos excelentes para essa reserva, como o Tesouro Selic, Fundos de Renda Fixa e os CDBs com liquidez diária.

 

Todos eles têm rendimentos maiores que a poupança, com a possibilidade de ganhos reais sobre a inflação.

 

Assim, você estará preparado para as eventualidades e, ao mesmo tempo, o seu dinheiro crescerá continuamente.

 

Depois de formar o seu fundo de emergência, comece a investir para atingir os seus objetivos, como a aposentadoria, a compra de um imóvel ou uma viagem de férias.

 

Tudo é possível quando se tem disciplina e foco!

Lembre-se “Dinheiro não é só o quanto se ganha , mais o que você faz com ele”

 

Tem alguma dúvida sobre como fazer reserva de emergência? Comente abaixo!

 

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