SAI DAS DIVIDAS

24/11/2010

Fundo de índice ganha espaço no mercado acionário

O nome ETF (Exchange-Traded Funds) ainda soa estranho por aqui, mas essa modalidade de aplicação começa a chamar a atenção no pregão da BM&FBovespa. No dia 13 de abril, o fundo ETF que acompanha o Ibovespa - principal índice da bolsa – bateu o recorde no volume de negociação da categoria, ao superar a marca de R$ 30 milhões. Foram negociadas 671.900 cotas do fundo, ao preço médio de R$ 45,78, em 122 negócios.
E você, já sabe como funciona esse tipo de investimento? O ETF é conhecido também como fundo de índice. Como o nome sugere, a sua meta é acompanhar o desempenho de um determinado índice acionário e para isso a sua carteira replica a composição desse indicador. O Ibovespa, por exemplo, é composto pelas ações mais líquidas, aquelas que correspondem a 80% dos negócios do pregão. Assim, o ETF atrelado ao Ibovespa tem esses mesmos papéis na sua carteira.
Dessa forma, o investidor pode diversificar os investimentos, sem necessidade de aplicar individualmente em cada um dos papéis das companhias que compõem um determinado índice, o que aumenta os custos. Além disso, conta com uma gestão profissional que será responsável por alterar a carteira conforme as mudanças na composição do índice. Até aqui sem grandes novidades, ele é parecido com um fundo de ação que tem como referência um índice, segue a gestão passiva.
A diferença, no entanto, é que as cotas do ETF podem ser negociadas diretamente no pregão, da mesma forma que as ações. Os fundos de índice são aprovados para listagem e negociação como valores mobiliários na BM&FBOVESPA. Dessa forma, pode ser usado pelos cotistas como margem para outras operações por eles realizadas na bolsa. Além disso, os ETFs também são válidos em empréstimo em operações de mercado, conforme permitido pela regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Outra diferença é que o fundo de índice pode ter fonte de receita. É permitido, conforme definido no regulamento do ETF, que parte das suas cotas seja disponibilizada para operações de aluguel de ações.
O primeiro fundo de índice brasileiro foi o PIBB (Papéis de Índice Brasil Bovespa), lançado em 2004 com a meta de acompanhar o desempenho do índice IBrX-50. No final do ano passado, foram lançados outros três fundos ETFs (iShares Ibovespa, iShares BM&FBovespa Small Cap e iShares BM&FBovespa MidLarge Cap), baseados em outros índices do mercado de ações.
Para investir em um ETF é preciso abrir uma conta em uma corretora de valores ou distribuidora devidamente autorizados. O processo é o mesmo da compra e venda direta de ações no pregão. Os agentes envolvidos na operação são:
Bolsa de valores: fornece a plataforma para listagem, negociação, liquidação e custódia.
Gestor do fundo: responsável pela gestão da carteira do fundo.
Administrador do fundo: responsável pela administração do fundo e pela emissão e resgate das cotas do ETF.
Agente autorizado: corretora ou distribuidora que pode emitir e resgatar lotes mínimos de ETFs, relacionando-se diretamente com o administrador do fundo.
Custodiante: assegura a guarda dos ETFs e dos ativos que os compõem, bem como operacionaliza a emissão e o resgate das cotas.
Riscos do ETF
Os investimentos em ETF estão sujeitos aos riscos do mercado acionário, que é mais volátil, e por isso são recomendados para aplicações de longo prazo. Assim, quando o índice sobe o fundo acompanha, mas quando a cotação despenca o retorno do ETF também cai na mesma proporção.
Há também o risco de o administrador do fundo não conseguir acompanhar exatamente o desempenho do respectivo índice. Isso pode ocorrer porque as proporções das ações que compõem a carteira da aplicação podem não ser idênticas. Além disso, essa modalidade de investimento enfrenta o desafio da liquidez. Os fundos de índice ainda negociam volumes baixos no mercado acionário. O crescimento da negociação registrado no mês passado acena como uma tendência positiva.
Os ETF´s são bastante populares em países com mercado de capitais mais desenvolvidos, como Japão, Alemanha, Espanha e Estados Unidos. De 2004 a 2008, o número de ETF‟s no mundo cresceu 662,3%, totalizando 3095 fundos, segundo dados da World Federation of Exchanges.
Para obter mais informações sobre essa modalidade de investimento acesse também o site da BM&FBovespa.

REFERENCIA : http://www.comoinvestir.com.br/boletins-e-publicacoes/boletim-como-investir/Paginas/fundo-de-indice-ganha-espaco.aspx





http://www.cursos24horas.com.br/parceiro.asp?cod=promocao22606&id=22917&url=cursos/bolsa.asp

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